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La Niña e os impactos no clima na reta final de 2025
Com informações da Conexão Safra

Legenda:
A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA) emitiu um alerta de La Niña indicando que o fenômeno climático deve retornar neste mês e permanecer até dezembro de 2025.
Após a dissipação do El Niño no início deste ano e a manutenção de condições de neutralidade ao longo do segundo semestre, há sinais de resfriamento nas águas do Pacífico equatorial que podem marcar a volta da fase fria do ciclo ENSO (El Niño–Oscilação Sul).
De acordo com os últimos dados, a probabilidade de neutralidade segue como a mais provável até agosto/outubro de 2025, com 56% de chance. No entanto, as projeções apontam para o estabelecimento de uma La Niña de curta duração no final do ano, especialmente na primavera e início do verão no Hemisfério Sul (outono e início do inverno do Hemisfério Norte), antes de um possível retorno à neutralidade no início de 2026.
Atualmente, as temperaturas da superfície do mar (SSTs) no Pacífico central e oriental estão próximas ou ligeiramente abaixo da média, o que reforça a tendência de transição. Segundo os especialistas, embora ainda seja cedo para estimar a intensidade do evento, mesmo episódios moderados de La Niña podem alterar significativamente os regimes de chuva e temperatura em várias regiões do planeta.
CHUVAS ACIMA DA MÉDIA
No Brasil, historicamente a La Niña está associada a chuvas acima da média no Norte e Nordeste e períodos mais secos no Sul, além de influenciar a produtividade agrícola e a disponibilidade hídrica. Globalmente, o fenômeno também costuma intensificar a temporada de furacões no Atlântico.