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Classificação do Café: Entenda de uma vez o processo

Legenda:

O Brasil produz o maior volume de café do mundo de acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) exportando 35,15 milhões de sacas por ano.

Além disso, segundo uma pesquisa realizada por Jacobs Douwe Egberts (JDE) em colaboração com a Aocubo Pesquisa, o café é a segunda bebida mais popular do país.

Entretanto, é necessário um processo completo de produção do café para que o café preto passe pelo filtro, liberando essa névoa intoxicante, e chegue na xícara, tornando-se parte do cotidiano dos brasileiros.

Há inúmeras fases no processo de fabricação do café, desde o preparo do solo até o produto final que chega às mãos dos clientes. E, tudo isso também passa por processo da classificação do café.

Continue lendo este artigo para saber mais sobre o processo da classificação do café!

Afinal, o que é a classificação do café?

A princípio aceitando que categorizar implica agrupar componentes com qualidades similares, não seria muito pouco se esta operação se limitasse ao café?

Além disso, se assim fosse, seria suficiente reunir as variedades de café existentes, identificar as características comuns e encaminhá-las para consumo. Não seria muito pouco?

Por fim, dado o tamanho do mercado de café e sua importância econômica global, a indústria leva a processo da classificação do café tão a sério que usa características precisas para categorizar as diferentes variedades de café com base nas falhas e qualidades encontradas nas amostras testadas.

Antes de se aprofundar mais sobre as normas processo da classificação do café, veja o que você deve saber

A primeira coisa a se destacar é que o café é um fruto cuja qualidade e sabor são determinados por fatores como clima e solo, e que tem uma estrutura composta de cinco partes, incluindo a casca e seu renomado grão, que na verdade é sua semente.

No entanto, quando se trata dos grãos necessários para fazer a bebida, apenas dois tipos são cultivados globalmente, inclusive, é claro, no Brasil: Arábica e Robusta.

A classificação do café por defeito

O número de “defeitos” detectados em uma amostra padrão de 300 gramas de café é observado na classificação por defeito (ou por tipo), de acordo com a Tabela Oficial de Classificação Brasileira.

E o que são exatamente os defeitos?

São todos os grãos de uma determinada amostra que são pretos, verdes ou queimados (também conhecidos como “grãos PVA“), ou seja, grãos mal formados. Outros itens, tais como pedras, pedaços de madeira, torrões e outros grãos (por exemplo, milho), também estão incluídos na lista.

Por fim, defeitos podem surgir como resultado de mudanças fisiológicas e genéticas no grão, bem como de problemas de fabricação ou da introdução de materiais estranhos.

Classificação do café por qualidade

Quando se trata de avaliar a qualidade do café, a percepção dos odores e gostos característicos do café tem precedência.

Bem como este tipo de exame se dá através de uma técnica conhecida como “quebrar a xícara“, na qual os profissionais experimentam muitas variedades diferentes de café.

Além disso, o provador analisa a seguir o aroma do pó (fragrância), infunde o pó em água quente, mistura a infusão e a cheira mais uma vez.

Ao passo que ele também deve tomar um gole da bebida para avaliar o sabor do café. Ele então a cospe e a descarta.

Por fim, as amostras de café são categorizadas como “bebida estritamente mole“, “refrigerante“, “única bebida mole“, “bebida dura“, “bebida riada“, “bebida rio” e “bebida zona rio“, na conclusão.

O que considerar na classificação do café

Quando se trata de critérios de classificação do café, há seis fatores principais a serem considerados. Eles têm sido aceitos pelas principais instituições relacionadas a bebidas no Brasil:

Categoria

Existem dois tipos de café para consumo humano: O café Arábica e o café Robusta, frequentemente conhecido como café Conilon.

Subcategorias

A princípio as subcategorias são definidas pela forma do grão, que inclui o tipo Chato, que tem uma superfície ligeiramente côncava convexa, e o tipo Moca, que é oval.

Por fim, ambos são classificados conforme o tamanho dos furos na peneira por onde passam, com categorias: graúdo, médias e miúdo para cada um.

Grupo na classificação do café

A fragrância e o sabor adquiridos são considerados nas duas categorias atuais de categorização de café. O grupo de café Arábica é mais suave e tem menos cafeína, enquanto o grupo de café Robusta ou Conilon é mais amargo, resistente, e contém mais cafeína.

Subgrupo

Também inclui o sabor como critério de qualidade, e o Subgrupo 1 divide os grãos em duas categorias: bebida fina ou fenólica, e o Subgrupo 2 divide-os em quatro níveis, variando de bom a anormal.

Classe

Considera a processo da classificação do café dos grãos baseada na cor, com oito opções: verde azul e verde cana, verde, amarelado, amarelo, marrom, sem caroço, branco e discrepante, o que se refere a uma mistura de matizes.

Tipo

A quantidade de impurezas e matéria estranha descoberta no grão é estudada no tipo, que leva em conta os detritos, corpos estranhos e até mesmo partes do próprio grão, como cascas e galhos, que podem afetar a qualidade final.

Normas para avaliação do café e da qualidade do produto final

Em uma escala de 0 a 10, a qualidade deve ser avaliada, sendo 4,5 o nível mínimo sugerido pela Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC).

Aliás, Qualidade Global, ou simplesmente GQ, avalia fragrância, amargor, acidez e outras qualidades ao decidir se o produto de um produtor terá ou não o logotipo da ABIC.

A categorização é a seguinte, com a Associação certificando somente cafés que atendam à processo da classificação do café:

• Notas de 0 a 4: não indicados para consumo
• As Notas de 4,5 a 5,9: tão cafés das categorias tradicional e extra Forte que são de boa qualidade para uso diário e têm preços razoáveis.
• Notas de 6 a 7,2: os cafés superiores têm um maior valor agregado e um sabor mais distinto.
• As Notas de 7,3 a 10: estes são os conhecidos cafés Gourmet, que são de qualidade superior e mais suaves do que os outros.

Metodologia para classificar o café com base no tipo de bebida

A metodologia por tipo de bebida do café está focada na identificação das falhas na amostra dada.

E, ao passo que os provadores e classificadores irão categorizar os cafés utilizando as nomenclaturas abaixo.

• Bebida Estritamente Mole: uma bebida com um aroma agradável, suave e doce
• A Bebida Mole: uma bebida pouco intensa
• Bebida Apenas Mole: tem um sabor moderado, um pouco doce e livre de adstringência ou dureza.
• A Bebida Dura: tem um travo na língua que confere uma adstringência semelhante à de comer uma fruta verde, mas sem sabores estranhos.
• Bebida Riada: tem cheiro e gosto que parece iodo ou ácido fênico, e tem um odor e sabor químico suave.
• A Bebida Rio: tem um aroma e sabor mais químico e médico do que a bebida riada, com uma pitada de iodo ou ácido fênico no gosto residual.
• Bebida Rio Zona: tem aromas e sabores químicos e medicinais bastante fortes e perceptíveis. Tem um sabor forte de iodo que é praticamente insuportável ao olfato e ao paladar.

Que papel as classificações têm em nossas decisões?

A princípio podemos tirar como conclusão do que vimos que a classificação do café é sem dúvida um dos aspectos mais essenciais do negócio do café.

Uma das razão disso, é a presença de programas de qualidade do café (como os da ABIC) que nos ajuda a perceber o que estamos recebendo na loja quando compramos café.

Vale ressaltar que, graças aos selos de qualidade ABIC, podemos dizer porque um café é considerado tradicional, outro excepcional, e ainda outro gourmet.

Com efeito podemos avaliar principalmente os custos pagos por estes cafés através deles, e depois decidir se vale ou não a pena levá-los.

Dessa forma, aprendendo mais sobre os cafés e como eles chegam até nós, podemos expandir nossa base de conhecimento e nos tornar clientes mais exigentes.

Espero que este conteúdo deste artigo sobre o processo da classificação do café tenha sido útil de alguma forma.